Resumen
O texto a seguir visa refletir sobre a postura de vanguarda tomada, por vezes, pela intelectualidade. Para isso utilizaremos o arcabouço teórico da história intelectual francesa, conversando em alguns aspectos com teóricos alemães. O objeto para a discussão será o movimento ocorrido no ano de 2010 autointitulado 31 pelo 15. O objetivo desse movimento, liderado por intelectuais, era conscientização/mudança do nome do bairro 31 de Março em Ponta Grossa-pr, por ser uma auto-homenagem do regime ditatorial instalado no Brasil em 1964, para 15 de Março, datada da redemocratização do país.
O resultado da reflexão aponta que há um distanciamento entre intelectuaisE e população de uma maneira geral, dificultando uma postura de construção dialógica de soluções e formação de identificação.
Citas
Assis, Machado de. O Alienista. Rovelle, 2008.
Bega, Maria Tarcisa Silva. Letras e Política no Paraná: simbolistas e anticlericais na República Velha. Editora UFPR, 2013.
BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. 14 ed. Vozes, 2013.
Campos, Névio de. “História Intelectual e História Cultural: um recorte em Roger Chartier.” Revista Eletrônica Documento/Monumento vol. 16, nº 1, 2009, pp. 94-122.
Chartier, Roger. “História Intelectual e História das Mentalidades.” __________. À beira da falésia. Porto Alegre: Ed. Universidade UFRGS, 2002, pp. 23-60.
Clarindo, Claudio Ferreira. “Vila 31 de Março, de redeção a '31'.” Jornal da Manhã 23 de Abril de 2010.
Comard-Rentz, Marie. “Dénomination et chagement de nom de rue : enjeu politique, enjeux de mémoire.” Séminaire "Mots et symboles en politique", 2006.
Cruz, Matheus Mendanha. “Posicionamiento político de los jóvenes y conocimiento histórico: un estudio empírico en los Campos Gerais, Paraná, Brasil.” Clío & Asociados. La historia enseñada v. 25, 2017, pp. 22-33.
Demeneck, Ben-Hur e Thiago Augusto Divardim de Oliveira. “"Major, viemos pagar o aluguel": um núcleo habitacional como caso de homenagem e auto-homenagem do regime militar a partir de diários de 1967 e de 2010 - a opinião pública de 25 anos de democracia.” VIII Encontro Nacional de História da Mídia. Unicentro, 2011.
Demeneck, Ben-Hur. “O 31 de Março é aqui (I).” Diário dos Campos 5 e 6 de Abril de 2009a.
—. “O 31 de Março é Aqui (II).” Diário dos Campos 07 de Abril de 2009b.
Dosse, François. La marcha de las ideas: história de los intelectuales, história intelectual. Universidade de Valencia, 2007.
Durkheim, Émile. “A elite intelectual e a Democracia.” Durkheim, Émile. O individualismo e os Intelectuais. Edusp, 2016. pp. 169-171.
Faggion, Carmen Maria, Giselle Olívia Mantovani Dal Corno e Vitalina Maria Frosi. “Topônimos em Bento Gonçalves: motivação e caracterização.” MÉTIS: história & cultura v.7, nº 13, 2008, pp. 277-298.
Fonseca, Douglas. “Temos muito orgulho do '31 de março'.” Diário dos Campos 18-19 de Abril de 2010.
Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. 12ª. Paz e Terra, 1996.
Grinberg, Joëlle. “Le nom des rues: mémoire politique ou collective ?” Action et Recherche Culturelles - Analyse 2013, 2013).
Guillon, Jean-Marie. “Les toponymes de l'espace urbain.” Vingtième Siècle, revue d'histoire v. 63, 1999, pp. 137-139. <https://www.persee.fr/doc/xxs_0294-1759_1999_num_63_1_3866>.
Hall, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11ª ed. DP&A, 2006.
Heller, Agnes e Ferenc Fehér. “O Pêndulo da Modernidade.” Tempo Social v. 6, nº1-2 (1994 (editado em jun. de 1995)), pp. 47-82.
Informe 2017. Corporación Latinobarómetro. 2018. 16 de 05 de 2018. <http://www.latinobarometro.org/latNewsShow.jsp>.
KOSELLECK, Reinhart. “Espaço de experiência e Horizonte de Expectativa: duas categorias históricas.” _________. Futuro Passado: Contribuição à Semântica dos Tempos Históricos. Contraponto : Ed. PUC-Rio, 2006, pp. 305-327.
Leclerc, Gérard. Sociologia dos intelectuais. Unisinos, 2004.
Oliveira, Thiago Augusto Divardim de e Ben Hur Demeneck. ““31 DE MARÇO”: um núcleo habitacional como enunciado e elemento da cultura histórica.” Anais Eletrônicos v. 11, nº 3, 2016, pp. 478-491.
Oliveira, Thiago Augusto Divardim de. “Núcleo 31 de Março.” Jornal da Manhã 07 de Abril de 2010.
Pécaut, Daniel. Os intelectuais e a política no Brasil: entre o povo e a nação. Ática, 1990.
Platão. “Livro VII.” ___________. A República. Martin Claret, 2003, pp. 210-238.
Rodrigues, Helenice. “O intelectual no "campo" cultural francês: Do "Caso Dreyfus" aos tempos atuais.” VARIA HISTORIA v. 21, nº 34, 2005, pp. 395-413.
Rotterdam, Erasmo de. Elogio da Loucura. Trad. Paulo Neves. L&PM, 2012.
Rüsen, Jörn. Teoria da História: Uma teoria da história como ciência. Trad. Estevão C. de Rezende Martins. Editora UFPR, 2015.
Saddi, Rafael. “O Estado de Suspensão na aprendizagem histórica: a força estética do conhecimento histórico na instauração de um momento sublime de consciência histórica.” Revista História Hoje v. 5, nº 9, 2016, pp. 113-130.
Silva, Helenice Rodrigues da. Fragmentos da História Intelectual: entre questionamentos e perspectivas. Papirus, 2002.
Sirinelli, Jean-François. “Os intelectuais.” (org.) Remond, René. Por uma História Política. 2ª ed. FGV, 2003, pp. 231-269.
Writer, Klaus. “A polêmica da troca do nome da Vila 31 de Março.” Diário dos Campos 2 e 3 de Abril de 2010.
—. “A Velha "31".” Jornal da Manhã 06 de Abril de 2010.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).