Resumo
O artigo analisa a presença de livros com temas relacionados à ciência e aos saberes ilustrados na livraria do cônego Luís Vieira da Silva, um dos implicados na Inconfidência Mineira de 1789. No contexto se discutem a relação de seus livros, os saberes locais e algumas práticas “sediciosas” de leitura, proporcionadas pelas ideias revolucionárias que circulavam em Minas Gerais na segunda metade do século xviii, vindas da Europa e da América do Norte.Referências
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